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 Moira - O corvo, a selvagem e o Bardo

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Noah Arryn

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Moira - O corvo, a selvagem e o Bardo Empty
MensagemAssunto: Moira - O corvo, a selvagem e o Bardo   Moira - O corvo, a selvagem e o Bardo EmptyQui Jan 07, 2021 2:58 pm

MOIRA
      Assim que os primeiros raios de luz acinzentados atingiram o quarto escuro de Moira, ela despertou de seu quase sono, não dormia bem por estar pensando em seu filho, ao pregar os olhos, a imagem do menino cuspindo sangue pela boca e suas vestes em escarlate manchas, vinham a sua mente. Evitou chorar para não acordar seu bebê, que dormia aconchegado em seu peito. O calor corporal afastou um pouco do frio que invadia por entre as frestas do teto. Lá fora, neve caia sem parar, pequenos flocos branco, a camada de neve chegava ao tornozelo dos Corvos que já se encontram patrulhando a fortaleza. Sons dos ferreiros colidindo aço com aço, era o som mais estridente que Moira podia escutar. Talvez eu pudesse salva-lo. Nada podia fazer, quando aquelas flechas arrastaram a vida de seu menino. Talvez eu pudesse fazer algo para impedir.


   Ao se levantar, cobriu seu bebê com um manto de pelagens que os corvos usavam em seus ombros, odiava aquela cor, o preto. Mas seu bebê precisava daquele calor. Antes de sair, tirou a veste de pelagens esfarrapadas de Antony, o vestido de preto por baixo e devolveu as vestes esfarrapadas por cima, cobrindo o negro. Ao sair do cômodo, não avistou Bruce patrulhando, apenas frio, um frio intenso. Seu bebê não merece todo esse inferno gelado. Desceu alguns degraus coberto por neve, segurou a cabeça de seu bebê contra seu ombro direito, o protegendo dos ventos, caminhou em direção ao cavalo marrom, de crinas marrom escuro como carvalho e de longa calda lisa, também cor de carvalho. Alguns mantimentos se encontravam em bolsas de couro na parte traseira do animal. Um dos Corvos a esperava, loiro, pele clara e montado em seu cavalo. Também odiava ter um Corvo na sua cola, mas é o acordo que fez com Bruce. 




Ei, corvo, se me atrasar, juro que corto você e o deixo para trás.- Dizia Moira o olhando nos olhos, o homem não expressou nenhuma reação negativa, apenas de insatisfação.




— Se quiser ir sozinha, fique a vontade, não vou mudar o meu caminho por você, estou apenas acompanhando. Seja mais grata com a compaixão do Lorde Comandante.- Respondeu Benjamin. 




Corvos, melhor eu não dormir próximo a você, vai que corte minha garganta enquanto durmo, igual seus irmãos fizeram com minha tribo.- Moira virou-se para frente, montada no cavalo, puxou as rédeas do cavalo e galopou para fora dos portões do Castelo Black. 




Eu não sou um selvagem... - Benjamin cavalgava ao lado dela calmamente e suspiraria olhando para o céu pensativo. 




  Notou o corvo pensativo, odiava essa sensação, seu marido, Kaios, fazia o mesmo quando algo o incomodava. Dava a entender que Moira nada podia fazer, sem nem saber o que se passava. Continuaram galopando lado a lado, o vento frio e as partículas de gelo que caiam sobre seus rostos era de gelar a espinha. Não demorou muito para Moira ficar impaciente com os pensamentos de Benjamin. 




Você vai fazer alguma pausa?- Perguntou Moira, Benjamin não a respondia, continuava ponderando sozinho.- Conhece esse tal "Ninho"? Sabe se poderíamos seguir viagem sem parar até lá? 




- É impossível ir direto daqui até o Ninho, teremos algumas paradas, a primeira em Winterfell, mas não passaremos mais que uma noite... E sobre conhecer... Só sei como chegar lá, mas nunca fui visitar pessoalmente...- Benjamin dizia com uma voz cansada e até machucada, com peso nas palavras, Benjamin ao contrário dos outros corvos, não parecia um guerreiro ou um bandido, talvez, alguém deslocado ou algo assim. Moira não pode evitar soltar um pequeno riso. Negativou com a cabeça e o olhou por cima dos ombros. 




Winterfell está a uma semana daqui, se quiser parar lá sem pausa, vá em frente, os Umber nós conheciam, sabiam que não éramos Selvagens, não atacavamos as comitivas deles e eles não atacavam nossa tribo, pararemos na Vila Toupeira primeiro.




- Imaginava que você iria querer parar o menos possível, mas se é assim, realmente deve ser melhor para o bebê. - Benjamin sorria e olhava para o bebê e depois voltava a olhar para frente. Os pensamentos de Benjamin continuavam intrigando Moira. 




- Está buscando algo? — Perguntou - Ou alguém? Passei tempo demais com mentirosos para saber quando alguém está com segundas intenções, é algo no Ninho ? Winterfell?




Benjamin arqueava a sobrancelha. A olhou novamente antes de responder.






- Meu trabalho nas Muralhas é buscar novos recrutas nas casas... Então ir até Winterfell, ir para o Ninho, já estava no meu cronograma de viagem, te acompanhar faz parte do meu caminho, por isso estou ajudando você, e também, não suportaria deixar uma mulher com um bebê desprotegida por esses caminhos... - Benjamin sorria para ela de forma gentil, como sempre faz. 


— Se vai continuar mentindo, melhor não conversarmos até o Ninho. - Moira virou-se para frente, em um braço segurava seu bebê e no outro, as rédeas do cavalo. - Aliás, eu luto melhor que qualquer um de vocês, até melhor que o seu L O R D E comandante.




   Uma pausa curta caiu sobre os dois. Os galopar dos cavalos tomaram conta de qualquer som. 




- Pense como quiser, estou tranquilo em relação a minha palavra...Acredite, não iria querer enfrentar o Lorde Comandante, é algo sobrenatural o que ele faz com a espada...- Benjamin dava de ombros e continuava a cavalgar tranquilamente ainda com um sorriso no rosto. 




— Você é jovem, não sabe o que é o sobrenatural. Eu já vi o sobrenatural.- A dupla chegava sobre algumas árvores mortas, de galhos retorcidos e um pequeno rio congelado sobre uma grossa camada de gelo. Alguns rastros mostram que uma matilha de lobos havia passado por ali mais cedo. Lobos, não eram animais amigáveis, mesmo com Benjamin, uma matilha poderia facilmente mata-los. Os cavalos cuidadosamente passavam pelo rio, algumas escorregadas, mas nada de mais.- Não conseguiremos chegar a Vila Toupeira antes do anoitecer, toda esse neve está atrasando os cavalos




- Mesmo sendo jovem eu sei o que é um grande guerreiro, acredite, há sim, homens que não são nem perto de guerreiros na Muralha, mas com certeza o Lorde Comandante é um dos maiores guerreiros do continente.-Benjamin acenava com a cabeça seguindo pelo rio calmamente.




   Podiam ouvir o vento uivar sobre as copas das árvores, os galopes sumirem sobre a camada de neve fofa do solo. Os últimos e poucos raios de sol, estavam se pondo, a temperatura despencando e os ventos aumentando. Graças aos deuses, a dupla chegava a Vila Toupeira, alguns casebres e estabelecimento prejudicados se encontram na vila. 




- Preciso aquecer meu bebê, amarre os cavalos para que não fujam. - Moira descia do cavalo sem muita dificuldade, em seguia andou em direção a taverna iluminada por tochas, antes de entrar, um homem velho, de roupas mofadas, e dentes podres com alguns fios de cabelos na cabeça, saia da taverna, bêbado, podia sentir o cheiro do álcool e vômito vindo do homem. Lá de dentro, um cheiro de comida, música e algumas risadas assanhadas de mulheres vinham ao encontro de Moira.- E nós somos os selvagens.




  Benjamin não perdeu muito tempo, segurou os dois cavalos pelas rédeas e os amarrou em um poste de madeira podre. Em seguida, a passos largos, acompanhou Moira até o estabelecimento. Estavam servindo ensopados, mas não era uma taverna, era um prostíbulo, mulheres seminuas se esfregavam sobre o colo de homens que bebiam enquanto riam, em uma mesa próxima à porta, um homem chupava o seio de uma mulher, ambos sujos e fedendo a álcool. 


As mesas estavam todas ocupas, exceto uma, próximo à janela com um dos vidros quebrado, o vento entrava por ali. Moira não viu muitas opções, sentou-se em uma das cadeiras de madeira que rangeram ao se sentar. 




- Trouxe dinheiro Corvo ? - Perguntou Moira aquecendo seu bebê. Enquanto isso, mulheres e homens se esfregavam em mesas vizinhas,  e um bardo, de cabelos castanhos, altura mediana, bem-vestido para o local, sem barba e  um alaúde, tocava canções animadoras para os clientes.




- Tenho o suficiente para a viagem, fique tranquila... Vou alugar um quarto para nós... - Benjamin se levantava indo até a atendente.


A atendente era uma mulher com dentes podres, cabelos negros, um dos seus olhos estava roxo e sorriria para Benjamin o admirando dos pés a cabeça.




- Um quarto é isso ? Trouxe sua própria buceta para foder? As daqui não lhe agrada? 




Benjamin sorria entregando as moedas.


- Um quarto por favor.-Benjamin só dizia isso de forma gentil e prática.




  Enquanto isso, o bardo sentava na ponta da mesa onde se encontrava Moira. Ele acabara de encerrar uma canção. 




Nunca lhe vi por aqui ? É nova ? - Perguntou o Bardo.- Prazer, me chamo  Axel. 




  Ele estende a mão para Moira, é rejeitado. Logo sorriu. 




- Quieta né? Não deve ser daqui, enfim, notei que você veio com um Corvo, para onde ele vai ? - É ignorado. — Talvez uma música a anime. Ou não. 




  O bardo começou a tocar uma música. Seus dedos tocavam o alaúde de uma forma tão incrível que o bebê de Moira sorriu enquanto mexia suas mãozinhas e pesinhos. 




- High in the halls of the kings who are gone


Jenny would dance with her ghosts


The ones she had lost and the ones she had found


And the ones who had loved her the most. - Cantava o bardo. 




Moira levantava da cadeira, o Bardo a seguiu pausando a música.   Andaram em direção as escadas do estabelecimento na direção de Benjamin. 




— Hey, não me entenda mal, eu gostei da nossa conversa.- Ao ver Benjamin ele dava um passo para trás. - Saudações Corvos, prazer, Axel, o bardo, gostei de vocês, formam um casal interessante, incrível mesmo. 




Ele nunca cala a boca ?- Perguntou Moira para Benjamin, em seguida se dirigiu ao quarto.




- Boa noite Bardo, e imagino que saiba que os corvos não tenham amantes.- Dizia Benjamin que fazia uma leve reverência e a seguia subindo as escadas, logo após pegar  a chave de cima do balcão com a atendente. 




- Eu não gosto desses lugares fechados.- Moira entrava no quarto, uma única cama ocupava o cômodo.- Pelo menos, o vento aqui é menor. 




  A loira colocava seu bebê em seu peito, estava faminto, mas não podia amamentar com todo aquele frio. Em seguida olhou para Benjamin. O corvo pegou um lenço e o colocou sobre o chão sujo. Não iria dormir na mesma cama. Pela manhã, Moira já estava de pé, rejeitava qualquer alimento do estabelecimento, podia se ouvir gemidos do andar de cima. O bardo dormia em uma das mesas, mas logo, ao ver Moira saindo, ele levantou-se da mesa babada por sua saliva que escorria do canto da boca. 





E ae meus novos amigos, companheiros, parceiros, para onde estão viajando? Eu posso ajudar, conheço muitos atalhos, em troca uma proteção, o que acham? Perfeito não é?- Dizia o bardo aceleradamente enquanto caminhavam em direção aos cavalos que infelizmente haviam sido roubados.- Olha, isso é bem comum aqui viu?

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